“Uma vez criado o Estado”, escrevia Hegel, “os heróis deixam de existir”. Esta relação, que temos todas as razões para levar a sério e que Hegel, justamente, referia aos inícios da idade moderna, tem o seu documento principal nessa forma de teoria política que, nos séculos XVI e XVII, se fez passar por teatro nos palcos de Londres e de Madrid.
O que identificamos como inícios da modernidade teatral é, na verdade, um estranho veículo de desaparecimento de heróis que tentaremos determinar:
1) pelo contraste com o protocolo heróico herdado (clássico e pré-estatal);
2) pela elucidação das exigências culturais ou epocais a que corresponde;
3) pela exploração do seu legado no teatro ulterior (até ao século XX).
Entrada livre (até ao limite de lotação da sala; inscrição obrigatória para grupos escolares)