Diz Edgar Morin, não ipsis verbis mas sendo essa a ideia que lhe sustenta o raciocínio no seu tratado. O Cinema ou o Homem Imaginário, que “toda e qualquer identificação do espectador com o universo materializado pelo cinema leva-o a recriar a realidade”. E Christian Metz, num registo
analítico e estruturante, segue o mesmo conceito.
É com esta visão, que na minha opinião só se concretiza se conseguirmos dominarmos os mecanismos que trazem o espectador para “dentro do filme”, que advogo o princípio de tudo na escrita e arquitetura do guião, que na literatura pode encontrar a densidade interior que o exercício imagético do guião não permite, e que depois a imagem realizada deve transmitir, nos planos emotivo e intelectual.