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Publicado em: 28 Junho 2019

Exposição de Sever do Vouga

No dia 26 de julho, pelas 18h00, inaugura a Exposição dos Projetos da Residência Artística do Mestrado em Comunicação Audiovisual no Centro de Artes e Espetáculos em Sever do Vouga

De 26 de julho a 06 de outubro, o Centro de Artes e Espetáculos de Sever do Vouga, acolhe a exposição de Sever do Vouga realizada pelos estudantes do mestrado, no âmbito das residências artísticas realizadas no mesmo município. 

No âmbito da parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Sever do Vouga e a Escola Superior de Media Artes e Design, foram realizadas duas residências artísticas no concelho de Sever do Vouga entre abril e maio de 2019 envolvendo os estudantes do mestrado em Comunicação Audiovisual, professores, artistas convidados e dezenas de intervenientes da comunidade local.

O objetivo era duplo: aliar a promoção da riqueza cultural, paisagística e etnográfica da região ao desenvolvimento de novos olhares estéticos e novas formas de expressão em contexto académico, segundo três regimes distintos de abordagem: a fotografia, o cinema documental e o cinema de ficção. A partir desta premissa, foi lançado o desafio de idealizar e concretizar diversos projetos audiovisuais e fotográficos com um tema comum: Sever do Vouga.

A primeira residência artística — dedicada à fotografia e ao cinema documental — decorreu de 1 a 10 de abril. Na área da fotografia, mais permissiva aos olhares individuais, as abordagens foram diversas: houve quem se propusesse retratar o tempo, o peso da memória entranhada nos lugares e nos rostos envelhecidos; ou então as texturas das ruínas e dos locais abandonados. Outros visaram as sonoridades da imagem. Alguns focaram-se nos retratos: a expressão humana, mas também a sua desconstrução.

No género do cinema documental fizeram-se dois filmes. Num deles, a subida do rio após a construção da barragem de Ribeiradio-Ermida serviu de mote para um retrato etnográfico da comunidade local da aldeia de Amiais, permitindo tecer ligações entre o presente e a memória. Daqui resultou o filme documental intitulado “Paisagem Submersa”. Foi também o tema da memória que deu o mote ao segundo filme, bem como ao provérbio que lhe serve de título: “Atrás de tempo, tempo vem”. Focando-se num grupo de mulheres da Freguesia de Dornelas, o documentário acede ao seu protagonista implícito — o tempo.

A segunda residência artística, que decorreu entre 26 de abril e 6 de maio, foi dedicada inteiramente ao cinema de ficção, com a realização de duas curtas-metragens cujas narrativas usaram os cenários e as paisagens de Sever do Vouga como plano de fundo: num primeiro filme, intitulado “Dança comigo até ao fim”, um casal idoso lida com uma tragédia familiar antiga em circunstâncias peculiares que impedem o ritual da memória. No segundo filme, “Cringe”, um rapaz e uma rapariga desconhecidos aliam-se para levarem a cabo uma pequena missão, numa espécie de catarse das suas frustrações românticas.

Em suma, resultaram quatro filmes e doze projetos fotográficos desta parceria, todos eles materializados ao longo das duas residências artísticas. Juntamente com os estudantes do mestrado, estiveram também envolvidos, além dos docentes residentes, três prestigiados artistas convidados que acompanharam em permanência os projetos: a realizadora Leonor Noivo, o realizador Nuno Rocha e o fotógrafo Georges Pacheco.

A exposição fica patente no Centro de Artes e Espetáculos de Sever do Vouga até ao dia 06 de outubro, no entanto, o centro encontrar-se-á encerrado durante o mês de agosto.

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