Autor de vários livros relacionados com programação de aplicações para dispositivos móveis e para a Web, Ricardo integra várias comissões científicas, bem como a equipa de júris do Concurso Internacional de Desenvolvimento de Aplicações Móveis (IEEEmadC), promovido pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE).
QUANDO COMEÇOU A TUA LIGAÇÃO À ESCOLA?
A minha ligação à Escola começou em 2005, na altura, comecei a dar aulas no curso de Gestão e Administração Hoteleira da ESEIG. Mais tarde, a ESEIG transformou-se em ESHT e foi criada a ESMAD, escola onde atualmente leciono disciplinas de programação de computadores na Licenciatura em Tecnologias e Sistemas de Informação para a Web
COMO RECORDAS OS PRIMEIROS TEMPOS?
Recordo de forma positiva. Na altura, ainda não tinha muita experiência de docência, mas rapidamente me integrei com a ajuda dos colegas.
O QUE TORNA O TEU TRABALHO ESPECIAL?
O meu trabalho obriga-me a pensar, que só por si é algo muito positivo. Depois obriga-me a comunicar e a ser criativo. Enquanto docente e investigador, procuro também, diariamente, descobrir novas metodologias e técnicas que me permitam melhorar o ensino da programação de computadores, área na qual incide a maior fatia do meu tempo enquanto investigador.
O QUE TORNA ESTA ESCOLA ÚNICA?
Para além do nome, é o facto de agregar áreas muito diferentes, mas ao mesmo tempo com um potencial enorme para, de forma agregada, contribuir para a aquisição de conhecimento sustentado e criativo.
O QUE MAIS MUDOU NESTES ANOS?
No meu caso, e no caso das temáticas que leciono na ESMAD mudou a forma de programar para a Web, assente em novos paradigmas e ferramentas e regidas pelas boas práticas de desenvolvimento móvel e para outras plataformas ubíquas.
CONTA UM EPISÓDIO MARCANTE
Um episódio marcante foi ter ganho a primeira edição do PIPED (Prémio de Inovação Pedagógica em Ensino a Distância), em 2012. Acho que na altura foi muito importante para mim, mas especialmente para a ESEIG, pois foi uma forma da Escola se afirmar e demonstrar que estava sensível às questões relacionadas com a inovação nas rotinas pedagógicas.
UMA IDEIA PARA O FUTURO
A ideia é simples: potenciar a investigação e a inovação pedagógica no Politécnico. Já existe algum trabalho feito, mas é necessário muito mais. Na minha perspetiva, é crucial que nós, docentes do Politécnico, façamos investigação, promovendo assim o pensamento crítico e disseminando conhecimento. A inovação pedagógica é também essencial pois permite encontrar novas formas de ensinar que estimulem os estudantes e que os motive a prosseguir os estudos de forma participativa. No meu caso, sinto-me um privilegiado pois a minha produção cientifica está maioritariamente relacionada com a inovação pedagógica (no âmbito do ensino-aprendizagem de programação de computadores), pelo que consigo abraçar estas duas facetas de forma mais sustentada.
—
A rubrica Um de Nós representa um espaço de partilha de experiências, ideias, histórias, e projetos, com uma breve entrevista a estudantes, docentes e não-docentes. É nossa convicção que cada Escola guarda — nos seus bastidores, salas, corredores e gabinetes — muitos rostos e talentos. Queremos ser a voz de cada um de nós porque as grandes histórias por vezes estão mais próximas do que imaginamos