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Publicado em: 28 Julho 2017

Póvoa de Varzim. Frames da Cidade e Outras Estórias Invisíveis

No próximo dia 28 de julho irá realizar-se a exposição Póvoa de Varzim Frames da Cidade e Outras Estórias Invisíveis, título da Exposição de Projetos Fotográficos e Fílmicos, realizados no âmbito da Residência Artística efetuada na Póvoa de Varzim.

Projetos Fílmicos | Ficção

Estranho Amor Cristóvão, um pintor falhado, debate-se com a atração que sente por Clara, a sua filha adotiva. Durante um retiro artístico, reencontra Cecília, uma antiga paixão, que o leva a confrontar os seus sentimentos perversos. Um filme de Afonso Silva, Carlos Araújo, Daniela Vargas Matos, Inês Sá, João Silva Santos, Pedro Fonseca, Mi Balkeståhl Mariana Bittencourt, Sílvia Costa e Sofia Mendonça Cruz.

Independência ou Morte Dominique, uma mulher decidida e doce, mora com o namorado António na Póvoa de Varzim. Quando recebe a visita de Daniele, a sua divertida irmã, esta convence-a a sair da relação abusiva em que vive, e começar uma nova vida. Dominique conta com a ajuda da irmã para não perder a única hipótese de escapar para o Brasil. Um filme de Mariana Bittencourt, Inês Sá, Daniela Vargas Matos, Sofia Mendonça Cruz, Afonso Silva, Mi Balkeståhl, Sílvia Costa, Carlos Araújo, Pedro Fonseca e João Silva Santos.

Projetos Fílmicos | Documentário

A Ver o Mar de Ana Luísa Oliveira, André Oliveira e Sara Santos O silêncio, o mar como pano de fundo, o mar como lugar de afetos. Sem saírem dos seus carros, várias gerações namoram, relaxam e partilham o fascínio pelo oceano, fazendo planos para o futuro e contemplando o passado.

Bom Caminho de Alberto Seixas, Bárbara Almeida e Sílvia Sousa Entradas e saídas, dia e noite, alegria e dor, amigos e desconhecidos. Contrastes no Caminho de Santiago. Uma casa, o albergue que serve de retiro e local de comunhão. Ritos e rituais diários. Marcado pela passagem do tempo e dos peregrinos, o albergue reúne os vestígios de ambos, construindo a sua própria história.

Projetos FOTOGRÁFICOS | Fotografia Documental

Apneia de Ana Martins O horizonte que se quer aproximar. As almas que pairam e se deixam respirar. A paisagem, uma paragem no tempo. A angústia dos que ficam e esperam. A névoa. Este mar que nos rouba o ar.

Talha o Ar de Sandra Teixeira O Poveiro tem uma forte tradição de crenças e lendas populares desde o século XVIII. Existem estórias mais objetivas, e documentadas, assim como contos que são meros produtos de memórias desfragmentadas e enriquecidas pelo tempo e pela imaginação de cada testemunho. Neste ensaio é construída e reconstruída uma relação através da abstração das imagens. O território da Póvoa de Varzim funciona como locus de percurso, no qual se parte à procura dos espaços e dos elementos que sugerem toda a narrativa existente à volta da materialização das figuras míticas, das suas aparições e tesouros. ‘Talhar o ar’ é um jogo entre história, memória e imaginação, criado através da paisagem. A sua construção apoia-se em fragmentos da realidade por meio de uma abordagem contemporânea da paisagem, onde percebemos a repetição das formas que sustentam a desconstrução de uma narrativa pré-existente.

Uma Linha no Horizonte de Ana Sofia Santos Uma linha que se desenha na paisagem através do tempo. Uma linha que revela diferentes tempos, expostos, neste percurso, em simultâneo. Uma linha, um percurso que é também um rasto da passagem humana. Um rasto feito de marcas da atividade humana, umas mais evidentes, outras quase indeléveis no modo como a paisagem se transforma. As imagens resultantes desta pesquisa são a evidência material de um percurso físico realizado pela autora, entre Famalicão e a Póvoa de Varzim. No seu conjunto resultam numa sequenciação que sugere esse movimento compassado, focado, orientado-o num enquadramento em que o ato de caminhar é colocado no centro da imagem. O que decide este enquadramento? Parecem concorrer dois aspetos distintos: por um lado o modo como esta paisagem foi construída enquanto linha ferroviária, e por outro o movimento que o nosso corpo descreve nela. Alguns desvios, relativamente a este movimento direcionado, dão-nos a ver detalhes desta paisagem que, à direita e à esquerda do percurso, revelam a sua dimensão temporal. É um trabalho que se desenvolve em torno da perceção e da representação deste território tão particular do concelho da Póvoa de Varzim. Uma paisagem que permanentemente sedimenta as marcas milenares da presença humana.

Tricanas de Ana Martins Camisa branca, saia preta e avental da cor do seu bairro, esta é a roupa da tricana de sempre. A tricana de hoje tem a roupa em comum com a tricana do tempo da sua mãe e avós, mas é uma nova tricana: a tricana da tecnologia, da mulher emancipada, uma tricana adolescente participante na tradição, mas crescida o suficiente para a viver à sua maneira e a reinventar e vestir de atualidade e vida.

Lugares do S. Pedro de Sandra Teixeira O S. Pedro é uma celebração anual dedicada ao padroeiro da cidade da Póvoa de Varzim, tendo lugar na noite de 28 para 29 de Junho. Com a duração de três dias, é uma das maiores festas populares do país. As 6 associações culturais representam os bairros da cidade e ocupam um lugar de destaque na organização da festa. Este projeto pretende documentar os espaços de trabalho onde são realizados os preparativos para o S. Pedro, alvo de grande sigilo na maior parte dos casos. O contexto de trabalho apresenta uma multiplicidade de objetos e elementos que caraterizam a identidade do próprio trabalhador e da associação a que está ligado. Estes interiores são locais de acumulação, armazenamento, organização e trabalho, que servem um fim cultural coletivo. As tradições e a própria presença humana são indiciadas nos sinais de uso e nos objetos fora de sítio.

Oficinas de S. Pedro de Ana Sofia Santos O projeto Oficinas de S. Pedro debruça-se sobre os lugares bastidores da magia, do fervor, da dedicação, do trabalho associado a estas festividades, na cidade da Póvoa de Varzim. O mistério destes espaços reside naquilo que não é possível alcançar de outro modo se não partilhando esta identidade. A manualidade, a capacidade inventiva, a criatividade que se expõe reluzente nos objetos colocados nas ruas na noite de S. Pedro, são o resultado de um trabalho realizado durante meses em oficinas a que poucos têm acesso. Entre os objetos aí construídos, destacam-se o trono – uma construção de grandes dimensões, semelhante a um altar, construída em homenagem ao Santo – e os arcos, objetos transportados pelos que na noite de S. Pedro desfilam na marcha que sai às ruas. Estes espaços de trabalho são o coração e a mente, são o lugar do suor e das lágrimas dedicadas à construção destes objetos simbólicos. A série de imagens aqui apresentada não pretende expor nem mesmo compreender a dimensão simbólica destes objetos. Muito menos formas, cores ou as matérias concretas que lhes dão corpo. Mais do que revelar, dar a conhecer ou interpretar, busca-se um olhar que sugira o que não se vê, uma imaterialidade que nenhuma imagem alcança.

From The Ongoing Series ‘The Garden’ 2004–Present As fotografias de Ken Grant sobre subsistência refletem um interesse duradouro pela alimentação e agricultura de subsistência entre classes trabalhadoras. O artista trabalhou anteriormente com cooperativas e iniciativas alimentares em diversas cidades europeias e o seu compromisso de longa data com este tema, em Liverpool, vai ser objeto de uma publicação em 2019. Esta série, completada durante uma curta residência em abril de 2017, foi realizada numa colaboração com famílias que cuidam de um terreno de cultivo junto à linha de costa da Póvoa de Varzim. 

From_Land_Scape_To Mind_Scape de Sofia F. Augusto Projeto de vídeo-arte, que se apresenta numa fase intermédia de desenvolvimento, e que nasceu a partir dos vários tipos de paisagem costeira na Póvoa de Varzim, pretendendo explorar a questão do limite territorial entre terra e mar. A autora, enquanto performer, é o elemento físico e activo desta exploração, assumindo-se como uma referência às mulheres Poveiras que esperam pelos pescadores no areal da praia, “a ver-o-mar”, na ânsia e incerteza do regresso dos seus entes queridos. Contudo, esta mulher tem um papel activo, desafiando a sua própria condição humana, testando não só os limites espaciais como também metafísicos, entre a segurança da terra e a infinitude e incerteza do oceano.


Os Projetos foram desenvolvidos com a supervisão dos professores Ângela Ferreira, António Morais, Catarina Mourão, Cláudio Melo, Emídio Buchinho, José Alberto Pinheiro, José Miguel Moreira, João Leal, José Quinta Ferreira, Ken Grant, Marco Conceição, Maria João Cortesão, Nuno Tudela, Patrícia Nogueira, Pedro Azevedo, Rita Carvalho e Virgílio Ferreira.

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