"Women Locked Inside" é uma curta-metragem dirigida por Bárbara Tavares, alumni do Mestrado em Comunicação Audiovisual da Escola Superior de Media Artes e Design. Filmada durante o período de quarentena, entre Portugal e Brasil, é produzida inteiramente por telemóvel.
A ideia surgiu no seguimento de uma reportagem que a realizadora assistiu sobre o festival online organizado por cineastas alemães: The Corona Short Film Festival - The First (and hopefully last) International Pandemic Short Film Festival. O recém festival estaria a receber curtas-metragens de todos os géneros (até 5 minutos) produzidas durante a pandemia. Bárbara e Frandu, sócios da produtora brasileira sediada no Porto, Bodhgaya Films, resolveram avançar mais cedo com a produção da curta que já haviam pensado.
A curta-metragem traz imagens íntimas e pessoais, captadas pelas próprias. É um retrato íntimo e pessoal de mulheres em quarentena devido à pandemia da COVID-19. "Um mergulho nas suas dúvidas, fraquezas e fortalezas, uma imersão na força da vida sob o olhar feminino" segundo a realizadora. As filmagens em Lisboa retratam a relação entre Eloá Chaignet, o seu marido e o pequeno Noah, de 8 anos de idade. Em Brasília, a história centra-se em Michele Nogueira, mãe solteira de Ariel com 14 meses, e nas dificuldades que uma ida às compras representa.
O Corona Short Film Festival recebeu 1.262 filmes de mais de 70 países. “Women Locked Inside” está entre os 36 filmes selecionados. A votação do público decorre entre os dias 10 e 24 de maio, através deste link (filme nº 9). O filme vencedor do prémio do júri receberá uma quantia de 1.500 euros e o vencedor do prémio do público 500 euros. Os dois filmes vencedores serão distribuídos internacionalmente pela distribuidora Interfilm Berlin.
A realizadora pretende produzir uma versão alargada da curta “Women Locked Inside / Mulheres em Quarentena” englobando outras mulheres. O repto foi lançado a várias mulheres através de grupos sociais e o feedback foi extenso, vindo de todas as partes do mundo. A intenção principal da realizadora foi deixar as personagens serem elas mesmas e capturar os momentos e emoções reais durante o isolamento social.
