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Publicado em: 07 Março 2024

António Pedro Vasconcelos

A ESMAD presta a sua homenagem a António Pedro Vasconcelos.

"O cinema ensinou me a viver e foi a vida que me ensinou a fazer filmes", uma afirmação de António Pedro Vasconcelos, realizador, crítico e professor, que faleceu esta terça- feira, dia 6 de março, a escassos dias de completar 85 anos. 

Com “Perdido por Cem...” (1973) deixa a sua pegada no Cinema Novo português, obra à qual se seguiu a incursão documental “Adeus até ao meu regresso” (1974). É, contudo, na década que se segue que, com “O Lugar do Morto” (1984), inscreve definitivamente o seu nome na história do meio, conquistando mais de 300 mil espectadores em sala - número ainda hoje raro no panorama nacional e que se torna tão mais expressivo quando contextualizado no seu tempo.

Em 1999, com a influência do neorrealismo italiano - que fazia parte do seu ADN - mostra-nos um Porto profundo e emotivo com “Jaime”, conquistando o prémio especial do Júri em San Sebastián. Defensor de um novo modelo de financiamento para o cinema português, bateu-se pela pluralidade das produções, sonhando com uma crescente proximidade dos grandes públicos aos filmes nacionais.

O presente século foi particularmente prolífico, destacando-se entre 8 produções “Os Gatos Não Têm Vertigens” (2013), que venceu em nove categorias dos prémios Sophia, incluindo melhor filme e melhor realizador.

Lecionou na primeira edição do Mestrado em Comunicação Audiovisual tendo, anos mais tarde, colaborado na Pós-Graduação em Argumento da Escola Superior de Media Artes e Design.

A ESMAD presta a sua homenagem a este homem de causas, estendendo as condolências aos familiares, amigos, colegas, estudantes e admiradores da obra de António Pedro Vasconcelos.

José Alberto Pinheiro
Docente de Cinema e Audiovisual 

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