No dia 4 de novembro de 2020, pelas 21h00, a Saco Azul Associação Cultural promove, no Maus Hábitos Espaço de Intervenção Cultural, a primeira sessão de cinema de novembro que traz os filmes realizados pelos estudantes no âmbito do curso “Death & Documentary”.
Na vida há apenas uma certeza: vamos todos morrer. A morte é inevitável tanto quanto é parte da vida. A morte está ao nosso redor na vida quotidiana: um animal que comemos, uma planta que seca, um amor perdido, uma localidade desertificada... No entanto, a morte não significa necessariamente um fim, mas sim um processo de mudança, de transição, de quebra, e de ruptura.
O curso “Death & Documentary”, uma parceria com a Escola Superior de Media Artes e Design e a The University of Texas at Austin, surge com o propósito de olhar a morte a partir de uma série de abordagens alternativas e de como estas podem ser representadas no filme documentário, a partir de um amplo leque de interpretações. O foco centra-se na morte no sentido amplo, como uma ideia transformadora, fonte de poder espiritual e estético, assunto de fascínio narrativo e matéria-prima para a criação documental.
PROGRAMA
Corpo e Terra de João Pedro Tiago e Ana Rita Oliveira
Trabalhar num cemitério exige um contato constante e próximo com a morte. Filmado na vila de Bragança, Corpo e Terra explora a vida dos coveiros através de um olhar pessoal sobre o seu quotidiano laboral, a partir da sua perspetiva sobre o sentido do corpo, da vida e da morte.
Caixa de Memórias de Marcelo de Mattos
A memória se mostra como algo frágil e instável, como a leitura de um poema, onde ao abrir uma caixa, desperta uma narrativa, sugerindo que um passado registado pela fotografia não cai em esquecimento. Reflexões sobre a passagem do tempo e sua interferência na perceção do passado. O gosto bom da memória familiar, como bolo de chocolate com café.
Just Like the Films de Sara N. Santos
"Sempre precisei de ficção para compreender a realidade". Uma imagem cinematográfica preenche o vazio deixado pela morte de alguém querido. Este é um filme sobre perda, solidão e amor pelo cinema.
A Casa da Avó de Edmundo Correia
As memórias arrumam-se em caixas. As vivências nas imagens. Deixar uma casa para trás é também deixar um pedaço de história, abandonar o passado e procurar relações entre as imagens que vamos registando.
Querida Quarentena de Beatriz Sá, Isa Cancela e Nassandi Röpke
Três jovens adultos, fechados em casa por uma pandemia, decidem escrever uma carta visual à Quarentena, como se de uma personagem esta se tratasse. Aqui expõem-se o receio da mudança, as reflexões de cada um, o verdadeiro significado da palavra “saudade”, a nostalgia sentida neste período de tempo que pareceu infinito e a curiosidade do que está para vir.
A sessão tem a duração aproximada de 53 minutos.
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