O Family Film Project – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória e Etnografia regressa ao Porto de 18 a 22 de outubro de 2022.
Nesta 11.ª edição, o festival destaca o trabalho da realizadora e antropóloga Catarina Alves Costa, cuja obra é incontornável no panorama cinematográfico contemporâneo, tanto pela riqueza etnográfica dos seus filmes, como pela marca autoral e pela acutilância do olhar. Este foco na obra da realizadora natural do Porto inclui uma seleção de alguns dos seus filmes mais emblemáticos, além de uma masterclass e ainda uma conversa com a cineasta acerca da sua obra e percurso profissional, conduzida por Humberto Martins.
O programa do festival mantém a sua matriz habitual, com várias sessões competitivas divididas em secções temáticas: Vidas e Lugares, Memória e Arquivo e ainda uma sessão competitiva dedicada à Ficção e Animação. Ao todo, as sessões competitivas reúnem vinte e um filmes de quinze nacionalidades distintas, incluindo cinco filmes de produção nacional.
O festival conta ainda com uma masterclass pela realizadora espanhola Nuria Giménez sobre o seu premiado filme My Mexican Breztel (2019). Sob a curadoria do artista e curador Peter Freund, o festival apresenta uma mostra de cinema experimental com seleção de mais de uma dezena de pequenos filmes que se estendem do chamado “cinema de apropriação” (cujas obras usam como matéria outras obras pré-existentes ou materiais de arquivo) ao “cinema generativo” (cujos conteúdos visuais são parcialmente forjados por algoritmos informáticos). A exibição dos filmes experimentais é precedida pela masterclass Retracted Cinema, onde Peter Freund oferece um enquadramento crítico destas formas marginais de expressão artística.
Como sempre, o festival retorna também com o seu ciclo performativo Private Collection, que este ano conta com performances dos artistas Bibi Dória, Ece Kani, Paulo Pinto e Sérgio Leitão.
Em parceria com o Coliseu do Porto, a programação do festival inclui ainda o filme-concerto Heróis do Mar, evento que pretende homenagear, através do cruzamento do cinema, da música e do teatro, diversas dimensões da cultura popular portuguesa, trazidas ao palco pela própria comunidade.