Publicado em: 18 Julho 2025

Residências Artísticas | Entrelaçar Histórias, Evocar Imagens

O Mercado Municipal de Vila do Conde acolhe a apresentação dos projetos fotográficos realizados no âmbito das Residências Artísticas em Vila do Conde. A visualização dos projetos fílmicos será na ESMAD.

No dia 25 de julho de 2025, a ESMAD e o Mercado Municipal de Vila do Conde acolhem Entrelaçar Histórias, Evocar Imagens, a apresentação dos projetos artísticos realizados pelos estudantes do Mestrado em Cinema e Fotografia, no âmbito das Residências Artísticas que decorreram no município.

No decorrer das residências artísticas, que tiveram lugar entre os meses de abril e maio de 2025, divididas em dois momentos distintos: um primeiro dedicado às áreas da Fotografia e do Cinema Documental e Experimental e um segundo período dedicado à área do Cinema de Ficção, num total de cerca de vinte dias de trabalho de campo intensivo, os estudantes idealizaram e realizaram filmes e projetos fotográficos com um tema comum: Vila do Conde.

Na área do cinema documental, o filme Aprender a Ver propõe um olhar afetivo e experimental sobre o conceito de automóvel, visitando alguns espaços emblemáticos do Conselho de Vila do Conde, como a pista de Guilhabreu; e o filme Rancho Battle 1.0 foca-se na rivalidade entre dois ranchos folclóricos sanjoaninos da cidade de Vila do Conde.

Na ficção, a curta-metragem Take Away, integralmente filmada em Vila do Conde, retrata o confronto entre um estafeta e o dono de um café; e o filme Uma Pessoa Assim acompanha as frustrações de um filho que tem de cuidar da mãe idosa.

Na fotografia, onde os estudantes desenvolveram os projetos individualmente, os temas multiplicam-se: Aerograma, de Ana Maria Gonçalves Alves, revisita a Guerra Colonial através dos ex-combatentes da Associação Social e Cultural dos Vilacondenses Ex-Combatentes do Ultramar; O que Falta é Vê-las, de Maria Beatriz Mateus, problematiza a invisibilidade dos vestígios arqueológicos da Cividade de Bagunte; Subsolo de Memórias, de Francisca Cabral Vieira, traça uma cartografia entre memória e território que passa pela evocação do arquivo pessoal; Aqueles que Pisam as suas Pegadas e se desviam da Escuridão, de Maria João Rodrigues, investiga o tema da transcendência através da iconografia da arte sacra em Vila do Conde; A Força Floresce, de Marta Madeira, propõe um retrato de Alexandra Muller, uma mulher vilacondense com títulos de campeã nacional de remo; Eles também são Portugal, de Nelson Alexandre Ferreira, foca-se no tema da imigração; Zhèlǐ (Aqui), de Patrícia Barbosa, aborda também a imigração, nomeadamente a diáspora chinesa em Vila do Conde; Sonhei que estava a Voar, de Rafael París, explora o tema da paisagem e do território, refletindo sobre o poder da fotografia como património cultural; Posto Médico n.49: Prognóstico Habitacional Reservado, de Raquel Pardilhó, oferece um olhar fotográfico crítico sobre o antigo Centro de Saúde de Vila do Conde, agora abandonado; e, por fim, Silvestre, de Tiago Ferreira Gonçalves, reflete sobre a economia regional e o impacto no ordenamento do território vilacondense.